terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma surpresa a cada dia...

Meu filho é uma criança dispersa... pra falar a verdade ele só se concentra mesmo naquilo que desperta seu interesse. Se estiver almoçando, fica hipnotizado com a televisão (a gente tem que desligar); se estiver fazendo a tarefa, qualquer coisa é motivo para dar uma pausa e brincar por alguns segundos - um dia desses ele criou uma batalha medieval entre uma borracha e um apontador, incrível! Durante o banho ele se transforma em bombeiro, mergulhador, super-herói, cantor de ópera. Mas o mais impressionante é como ele tem facilidade para criar universos paralelos, assim como eu. Pois é, eu tinha a mesma mania de vislumbrar situações fantásticas. Lembro-me de um berço cheio de brinquedos, onde eu ficava quando era pequeno. Lá dentro eu criava meu próprio mundo. Havia um boneco de King Kong, meu preferido, que se transformava em qualquer coisa que eu quisesse, de mostro gigante a um dono de bodega. Pois é, eu mesmo já criei uma bodega pra o King Kong, por que não? :)
Algumas vezes eu conseguia fazer com que Nen me acompanhasse e aí a coisa ficava ainda mais massa. Eram histórias que se completavam; situações em que um dependia do outro para superar obstáculos; batalhas envolventes entre índios e cowboys...
É, acho que ser "disperso" não é um privilégio só nosso. Toda criança tem o direito de criar seus próprios mundos para poder ser feliz. E agora começo a ter certeza de que Juan tá precisando de um irmãozinho (ou irmãzinha) pra compartilhar desses momentos. :)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Meu Deus, temos um cachorro!

A expressão "o tiro saiu pela culatra" é perfeita quando me refiro a Deco, o mais novo amigo de Juan.
Tudo começou quando Mãe perdeu a cadelinha Kaká... na verdade ela não perdeu, a cadela foi que "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, por que tudo o que é vivo, morre".
Bem, todo mundo teve dó da cachorra... daí, depois de algumas semanas, Érica veio com a idéia de presentear minha mãe com outro cachorro. Dessa vez seria o único macho de uma ninhada de 5 filhotes da cadela da vizinha, enfim. Um cachorrinho, pequenininho, pretinho, bonitinho... todo "inho"! O danado só usa aumentativo pra o que não presta: cagão, mijão, chorão.
O fato é que no último sábado era o dia de entrega-lo a Mãe. Seria uma surpresa se Juan já não tivesse comentado há alguns dias. Chegamos na casa dela como cachorro dentro de uma mochila, para fazer a surpresa. E até que funcionou, ela adorou, achou lindinho (mais um "inho") e tudo. O problema foi quando ela disse que não tinha como ficar com ele porque não teria tempo de criar, que já tinha Duda, Arthur poderia machucar o bicho e otras cositas más.
Juan imediatamente sugeriu que levássemos para casa. Eu relutei ainda, mas diante da circustância, não havia muito a ser feito. Concordei... resultado: desde sábado que não durmo direito com o cachorro grunindo, porque não quer ficar sozinho a noite, pode?
Quanto a sujeira, isso ficou a cargo de Juan Diego! Nunca vi criatura tão disposta a limpar cocô e xixi... só quero ver daqui há um mês! :)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jogos para adultos


Em 1984, o grande desafio era ver quem seria capaz de entrar no cinema para assistir Bete Balanço e, assim, conseguir ver a Debora Bloch pelada por alguns míseros segundos. Nessa época eu só tinha 11 anos, mas acompanhava o "zum zum zum" entre os caras mais velhos (Lula, Bel, Djair, Mano, Mané, Marquinhos, Ré). E quanto mais eles falavam, mais dava vontade de ver... era uma curiosidade danada, só pra entender o porquê daquele alvoroço. Até que um dia Ricardo e o Mago conseguiram fazer um projetor com uma caixa de papelão, lentes de grau e uma lâmpada; conseguiram umas fotos do filme e fizeram uma sessão na casa de Hermaninho e Paulinho, onde além das fotos do filme a gente viu também um monte de revistas de mulher pelada!
Enfim, hoje a censura não é a mesma, mas tem mais sentido do que a dos anos 1980, porque alguns jogos como o Resident Evil e o Poderoso Chefão, definitivametne, não são adequados para crianças. E adivinha quais são os jogos que Juan e a galera mais gostam? Claro, os proibidos!
A batalha para convence-lo de que os jogos são muito violentos é quase diária, mas o problema é que o pai de um dos amiguinhos não tá nem aí e libera geral... assim fica difícil. O pior é que os jogos são muito bons, e eu mesmo jogo de vez em quando. Mas evito jogar na presença de Juan. Agora, vale à pena admirar a obediência do meu filhote que, mesmo em nossa ausência, na casa do amiguinho, não joga de jeito nenhum por que "pai não deixa". A frase de protesto é: "ô pai, não agüento mais ficar só olhando enquanto todo mundo joga Resident" (quando estão jogando na casa de Pedro). O jeito vai ser tentar convencer o pai do outro...

Imagem 1: cena do Resident Evil 4, quando o personagem principal dá um tiro de 12 num zumbi e, literalemtne, estoura o bicho. Por incrível que pareça, existem formas mais violentas de mata-los.

Imagem 2: assassinatos a sangue frio, extorsão, chantagens, subornos, roubos... essas são as lições do Poderoso Chefão (The Godfather).

domingo, 17 de agosto de 2008

Play Station 2

Acabei comprando um PS2 depois de 15 dias tentando destravar o Wii... espero não ter feito besteira. A idéia é jogar no PS2 até abusar e deixar o Wii pra usar quando estiver mais popular... tudo do bicho é caro. Um jogo, como o Mário Galaxy, por exemplo, custa R$ 184,00. Eu ainda não aprendi a cagar dinheiro! Thiago (namorado de Priscila) conseguiu destravar usando um Wii-chip, gastou R$ 270,00. Eu até pensei em compar, mas agora não vou gastar mais não!
Pensei até em colocar pra vender. Vou espalhar para os conhecidos, se aparecer alguém tudo bem, caso contrário, guardo pra Juan usar depois, quando tiver mais crescidinho... hehehe.

domingo, 3 de agosto de 2008

Aniversário e Wii... tudo à ver! :)

Quer deixar seu filho mais por fora do que beira de penico, é só dizer que ele vai ganhar um Playstation 2 e na hora de entregar o presente, vc simplesmente chega com um Nintendo Wii... Pois é, Juan completou 8 anos ontem. Fizemos uma festinha para os parentes mais próximos. Bolo, docinhos, salgados... mas o foco do meu filho estava no vôo da TAP, Lisboa/Natal, que chegaria por volta das 19h. É que eu havia encomendado um PS2 ao António (com acento agudo mesmo), marido da minha amiga Mag. Decidimos pedir que ele trouxesse porque sairia mais barato trazer de Portugal do que comprar um no Terceirão.
Depois da festa, nos preparamos para dormir e, discretamente, perguntei a Juan qual o video-game que ele realmente queria se a gente tivesse uma graninha a mais... a resposta foi direta e sem titubeios: um Wii.
A tarde fomos à casa de Mag visitar o recém chegado e pegar o presente. Eu já estava com o dinheiro separado, seria 400,00 para o PS2.
Convesamos um pouco e logo António aparece com uma sacola imensa. Ele entregou a Juan e pediu que ele tirasse a caixa de dentro. Pois é, era o bendito Wii... o 'mago' ficou todo desbancado, sem saber o que dizer. E com um "obrigado" em tom amarelado, agradeceu e testou alí mesmo, na sala de Mag, o que seria o começo de mais outras boas histórias... Parabéns filho!

ps: ah, se eu paguei pelo Wii? Não. No fim das contas, esse foi o pagamento por um ano de trabalho a frente da diretoria de artes do Actual Sintra. :)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Férias 2008-2

Juan entrou de férias no último dia 16... agora é só inventar o que fazer pra passar o tempo. Temos algumas viagens programadas e alguns passeios. Espero que sejam momentos inesquecíveis.

sábado, 21 de junho de 2008

São João 2008... haja pipôco!!!

O primeiro São João de folga em 5 anos! Hoje (21) vou comprar os fogos... vai começar o aperreio, só espero não me queimar de novo... (continua)
27/06/2008
Passamos o São João em Pilar, terra de Tia Paula. A família dela é bastante acolhedora e nos deixou bem à vontade.
Ainda não conhecíamos a cidade, mas depois de uma volta andando pela rua principal, seria impossível alguém se perder... é um lugar bem calmo, de gente educada. Lá, como na maioria das cidades de interior, as pessoas se conhecem pelo nome ou pelo nome da mãe ou pai. Tipo: Beto de Zita, Mané de Piá, Chico de Rita...
Levei os fogos que havia comprado, muita bomba, choveirinho, ratinho, vulcão; o suficiente pra fazer a festa. Mas o que agradou mesmo foram as comidas típicas. Quando chegamos lá os familiares de Paula estavam reunidos na cozinha da Tia Nen preparando as atrações principais da festa. Panelas e mais panelas de canjica, várias pamonhas e bolos de milho... ainda ajudamos na construção da fogueira para a festa que começaria logo à noite.
Finalmente estávamos no clima de São João: fogueira, fogos, comidas e muita gente indo até a praça para assistir a apresentação de uma banda de forró contratada pela prefeitura.
Eu, Nen e Juan ajudamos "Seu Pedro", pai de Paula, a acender a fogueira. Juan estava afoito pra começar a soltar os fogos. Era pipôco pra todo lado. Juan soltando traque, choveirinho e estrelinhas; eu e Nen soltando bombas, ratinhos e os vulcões... um São João do jeito que tem que ser! :)
Mas o melhor ainda estaria por vir...
Chegamos da festa por volta da meia-noite. Nos acomodamos para dormir; meio que no improviso de colchões no chão, mas estava confortável. Nen e Paula decidiram ficar um pouco mais na praça.
Por volta das 3 da madrugada acordo com Nen me chamando aos sussurros: "Coró, Coró... tem ladrão no quintal da casa!". Eu que já gosto de dar porrada em vagabundo, não contei história, levantei e fui ver o que era...
A vizinha, também da família de Paula estava gritando dizendo que alguém havia roubado as roupas do varal... e que havia visto um vulto passando pelo quintal - um terreno aberto que dava para um paú; quem entrasse lá só conseguia sair se fosse pela frente das casas. E era isso que estávamos esperando; se havia alguém no quintal, teria entrado por um dos becos das casas e só conseguiria sair se fosse por lá...
Eu e Nen já estávamos com uns cacetetes na mão, mas ainda receosos de irmos até o quintal. Depois de um tempo o meliante começou a jogar pedras no telhado das casas. Foi o suficiente para acordar todos, exceto Érica e Juan (pra variar).
A cada pedra, um grito da vizinha. Era menino chorando, cachorro latindo... mãe não segurava a gargalhada, também pudera, 3 hroas da madrugada e um moído desses! "Chama a polícia..." - não sei qual foi a alma abençoada que deu a idéia, só sei que depois de meia hora chegaram dois guardas num carro caindo aos pedaços, que da esquina se ouvia uma batucada mais afinada que a bateria da escola de samba Malandros do Morro.
Chegou a 'otoridade'! E num ato de valentia invejável, os dois sacaram os 38s e foram direto para o quintal... Ah, mas nem por isso as pedras cessaram. Foi aí que o elemento caprichou... era pedra pra todo lado, o suficiente pra tirar a paciência do policial, que decidiu atirar no escuro, só pra intimidar. Teco, teco, teco... P
ÁÁÁÁÁ. Depois de "bater catolé" 3 vezes seguidas, o revólver conseguiu disparar... e para completar o policial ainda disse: "eita! Né que funciona..." isso foi o suficiente pra fazer com que mãe corresse pra dentro da casa prendendo a gargalhada!
Depois de uns 3 tiros, alguém chegou dizer: "acho que acertei". Decidiram, então, pegar uma lanterna "potente" no carro pra poder clarear o fundo do quintal. Mas cadê a lanterna? Havia ficado no posto... então o cabo pede pro soldado ir pegar. Novamente a batucada da Maladros do Morro entra em cena; mãe já tava com cara de choro de tanto rir... depois de mais 30 minutos, chega o policial, agora trazendo a lanterna mais 2 companheiros como reforço, enquanto o cabo tomava um cafezinho com bolo de milho na cozinha...
Beleza, agora com a lanterna "potente" o meliante não tinha como se esconder... acenderam a lanterna e realmente a bicha clareou tudo, mas só por uns 10 segundos... é que as pilhas haviam descarregado.
A essa altura eu, mãe e Nen já não conseguíamos esconder os risos. Até os policiais já estavam sorrindo da situação.
Por fim, o elemento deixou de jogar pedras no telhado, os policiais não mataram ninguém (felizmente) e todos terminaram comendo um bolinho de milho com café, pra espantar o frio da madrugada.
No dia seguinte tomamos um banho muito massa no rio Paraíba, juntamos as tralhas e voltamos com mais uma história pra contar... Ano que vem a gente vai de novo!!!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

1º campeonato de judô

Eita... dia 14 vai ser o primeiro campeonato que Juan vai participar. Estou dando algumas dicas, afinal de contas, eu e o tio dele detonávamos nos campeonatos! Ah, mas isso foi nos idos de 1982 a 84... uma época que marcou nossa infância. Estudávamos no Instituto Tiradentes (que ficava numa casa de fronte a Feira de Quarta-feira), eu, Nen, George, Jessé, Sariema, Nilsinho, Júnior Mikimba, Márcio (irmão de Jr.). Era uma galera da pesada. Desses, apenas George e Nilsinho não faziam parte da equipe, não sei bem o por quê... enfim, éramos considerados os atletas de ponta do colégio, mesmo porque éramos os únicos interessados nas aulas do professor Pinheiro - que até hoje considero um mestre. Eu queria ser igual a ele! :)
Lembro-me das vezes em que ele ia nos buscar em casa para participar dos campeonatos, que muitas vezes eram em locais completamente desconhecidos como ASSUFEP, AABB, Cabo Branco, DEDE... eu, pelo menos, nunca havia estado nesses lugares até então. E certamente a maioria dos meninos também. O importante era que sempre entrávamos para ganhar! Eram raras as vezes que algum de nossa equipe ficava em segundo ou terceiro lugar. Geralmente ficávamos entre os melhores em nossas categorias! Ah, e todo final de campeonato era comemorado com muito refrigerante e batata-frita! Eita tempo bom...
Pois é, então sábado que vem vai ser a vez de Juan Diego me fazer reviver os velhos tempos! Vai ser massa, mas desde já comecei a conversar com ele sobre o fato de que ninguém tem a obrigação de vencer e sim dar o melhor de si... afinal de contas, todo esporte é uma forma de tentar superar nossos próprios limites, a vitória é uma mera conseqüência, né não? :)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Haja virose!

Pois é, se não bastasse Juan ter contraído duas vezes seguidas essa maldita virose, agora foi minha vez. Detesto admitir, mas me derrubou mesmo. Ano passado também tive, mas não foi tão intensa como essa agora. Passei dois dias em casa, mas ainda sinto tontura, enjôo e dores por todo o corpo. Só imagino a agonia que Juan passou, o bixinho... Érica tabmém pegou, mas conseguiu se recuperar logo.
O meu caso foi mais delicado porque tive princípio de bronquite, mas tomei antibiótico e já estou bem melhor. Acho que segunta retomo os treinos visando o aberto de junho. Perdi uma semana do treinamento programado, mas vamos ver no que dá...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A danada da virose II

É isso mesmo, Juan pegou a danada da virose de novo. Começou segunda-feira (19) com uma febre que durou 2 dias.
Ontem o levamos à Dra. Cristiane, e pelo fato de ter sido urgência tivemos que aguardar mais de 3 horas para conseguirmos um horário de encaixe, pense!
Eu já sabia o que a médica iria dizer... "vamos fazer um hemograma, dar muito líquido, controlar a febre com dipirona e muito repouso", dito e feito.
Hoje, logo cedo, fomos ao laboratório fazer o tal hemograma. Dessa vez foi sem estresse, Juan não chorou, nem deu xilique, fiquei orgulhoso de ve-lo tão à vontade... mas para que isso acontecesse eu tive que conversar bem direitinho com ele na noite anterior. Quando chegamos, pedi para a enfermeira usar, no lugar da agulha de seringa, uma "borboletinha" daquelas que se usa pra aplicar soro, foi tranqüilo...
Agora ele tá na casa de Mãe. A febre já não está tão intensa como ontem, e a ânsia de vômito diminuiu - ah, dessa vez ele não vomitou vermelho! Não demos suco de uva... tô indo pegar o resultado do hemograma para levar na médica. É um vai-e-vem da mulexta, mas não faço questão de ir e vir, desde que meu filhote fique curado e pronto pra outra! Mas que seja com menos febre, dores no corpo, enjôos... :)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Do mundo que herdamos ao que deixaremos

Nos idos de 76 a 79, na Praça 11 ou Praça dos Veteranos, lá em Jaguaribe, a gente (eu e Nen - meu irmão) costumava brincar com uns peixinhos que algém teria colocado em uma poça de água gerada por um vazamento de uma torneira, que mais parecia uma nascente de água mineral. Essa poça parecia um pequeno lago com margaridas e papoulas ao redor... a única restrição era a de que ninguém poderia colocar os pés na água para não sujar, mas beber podia! :)

Hoje vi um gari limpando umas folhas que estavam obstruindo a entrada de uma galeria dessas que ficam no canteiro das ruas. O que não entendi bem foi porque ele também não retirou os sacos de pipoca, copos descartáveis e mais algumas sujeiras que o pessoal ainda faz questão de jogar no chão.
Acho que esses caras (os garís) recebem uma ordem do tipo: "é pra limpar as folhas, o resto não é culpa da prefeitura!".
O que muita gente faz questão de não lembrar é que por menor que seja o resíduo dispensado nas ruas, ou em qualquer ambiente, causa danos à natureza. E que ela (a natureza) está começando a reagir... vamos raciocinar um pouco: atualmente a população mundial gira em torno de 7 bilhões de pessoas, se estipularmos que 50% desse montante não joga lixo nas ruas (o que seria uma maravilha), teríamos 3,5 bilhões de pessoas poluindo nosso planeta diariamente, sem contar com os desmatamentos, poluições industriais, os milhões de carros expelindo CO2 na atmosfera... exagero!?!? Bem se você acha exagerado, é só acompanhar os noticiários para perceber que a natureza está começando a reagir.
Todo mundo ouve falar em efeito estufa e aqueciemnto global, mas acredito que a maioria ainda não se deu o trabalho de pensar que é esse o mundo que deixaremos para nossos filhos. Nosso planeta está se tornando uma verdadeira panela-de-pressão. O calor não está se dissipando como há dez ou vinte anos.
No Chile, um vulcão "ressusitou" depois de 7 mil anos, nos pólos as geleiras estão derretendo, causando o avanço do mar (a ponta do Cabo Branco é um exemplo). Tsunamis e terremotos devastadores na Ásia (ah, até terremotos em São Paulo!); e os furacões? O Catarina no sul do Brasil, o Katrina nos Estados Unidos, milhares de desabrigados, centenas de mortos... a coisa tá ficando feia, e quanto mais a gente vê e fala sobre o assunto, mais ele se torna "normal".
Aí você pode até estar se perguntando: e o saquinho que não foi recolhido pelo gari? Bem, o acúmulo do lixo inorgânico (aquele que a natureza não consegue 'digerir' - ex.: um papelzinho de bala, um copo descartável, latinhas de bebidas, etc) pode causar desde doenças como cólera, tifo, febre amarela, dengue e leptospirose - porque acumulam água e servem de abrigo para os hospedeiros dos vírus que causam essas doenças - até desabamento de barreiras, enchentes e destruição de habitats naturais, como os mangues.
A estimativa de estudiosos é que daqui há 20 anos as grandes geleiras estarão reduzidas a menos de 50% - o aumento do volume de água dos oceanos será monstruoso; mais de 20% das espécies que habitam o planeta serão extintas; os efeitos dos raios ultra-violetas serão devastadores - cerca de 30% da humanidade será vítima de algum tipo de câncer de pele; a água potável estará escassa; a maioria das reservas florestais irá definhar e se transformarão em desertos ou savanas; alimentos do tipo carnes e vegetais serão congelados e seus preços quadruplicarão; os países de 3º mundo serão as principais vítimas de epidemias - piores que a do vírus Ebola - causadas pelo acúmulo de lixo. E o pior é que esse processo já começou há algum tempo!

"Um planeta muito mais cinza do que verde... um mar com mais lixo do que peixes... um céu com mais fumaça do que nuvens... e mais mísseis do que aves! Cidades com mais "mosntros" que humanos... Um mundo com mais ódio que amor!" (retirado do Yahoo repsostas)

Esse é o mundo que deixaremos para nossos filhos?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Momentos de tensão

Há algumas semanas Érica voltou a praticar capoeira e desde então, toda segunda, quarta e sexta eu e Juan a pegamos sempre às 21h.
Em nossa ida até o centro da cidade conversamos sobre algumas coisas cotidianas como colégio, brincadeiras e algumas travessuras da galerinha.
Ontem não foi diferente. Saimos às 21h e logo ele me pediu para contar algumas de minhas 'encrencas da minha época' - nunca havia me imaginado usando essa expressão!
Contei-lhe do dia em que eu e alguns amigos fomos fazer uma trilha, de bicicletas, no Altiplano. Ele achou incrível o fato de uns 6 ou 7 garotos sairem de bicicleta num sol de rachar e nenhum pensou em levar, se quer, uma garrafinha com água! Enfim, depois que eu contei que matamos a sede com cocos tirados da praia e cajus que econtramos no caminho, ele percebeu que em determinadas ocasiões a gente tem que usar a criatividade pra se virar...
Pegamos Érica, e já estávamos voltando pra casa quando nos aproximamos do contorno da universidade (entrada dos Bancários), e lá ouvimos o barulho de tiros (era bala mesmo, à vera). Eu reduzi a velocidade do carro e observei um movimento suspeito à frente. De repente uma pessoa sai correndo do meio do mato, e ouvimos mais uns dois tiros. A princípio cheguei a pensar que era o barulho do escape de algum carro, mas quando ouvi novamente aquele barulho abafado, tive a certeza de que algo estava errado. Mais à frente havia doi ônibus parados e duas pessoas abraçadas e ajoelhadas no chão como se estivessem brigando. Foi quando Érica disse: "ele tá armado!". Acelerei o carro, e por instantes percebi que um dos caras segurava uma arma (acho que um 38, cromado) enquanto o outro tentava segurar o braço do que estava armado, apontando a arma para o chão, para que ele não atirasse, mas mesmo assim ele ainda conseguiu dar uns 3 ou 4 disparos sempre repedinto a frase: 'solta ... Juan estava no banco do passageiro e chegou a ver a luta entre os dois homens.
Por alguns poucos segundos corremos o risco de sermos atingidos por uma 'bala perdida'. Por alguns segundos meu filho deparou-se com uma cena de violência extrema. Por alguns segundos eu pude ver o medo no olhar do meu filho como eu nunca tinha visto... é nessas horas que a gente tem certeza de que realmente somos regidos por uma força maior!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Amor incondicional

São raras as vezes que não reclamamos com Juan a respeito de tarefa de casa, pé no chão frio, toalha molhada na cama... mas uma coisa é certa: não medimos esforços para demonstrar nosso amor, com todo cuidado para não exagerar, é claro - mesmo porque menino mimado de mais não dá certo.
Érica às vezes exagera, mas tudo bem, ela é mãe-coruja, e certamente deixaria tudo só para ficar deitada, agarradinha ao pimpolho nesses dias chuvosos.
É interessante a diferença entre minha forma e a de Érica de demonstrar esse amor. Por vezes eu o pego nos braços, beijo e abraço também, mas não o chamo de "doçura" ou "meu amor", afinal de contas somos homens, machos! :)
Mas o que demonstra a sinceridade desse sentimento é como nos olhamos. O olhar realmente 'fala' em determinados momentos. Percebo isso no brilho do olhar de Érica enquanto o observa dormindo. O mesmo olhar também consigo perceber nele, quando vem abraçar e beijar a mãe, sem mais nem menos, simplesmente porque 'deu vontade', como ele mesmo diz. Por fim, percebo meu olhar marejado enquanto penso em meu filho, sem ver a hora de chegar em casa e abraça-lo, beija-lo, mas também dar bronca quando necessário, mandar calçar a sandália, fazer a tarefa de casa... porque é essa a maneira que encontrei de ensina-lo como amar incondicionalmente.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dia das Mães

O mercado é cruel quando se trata de datas comemorativas. Se a gente parar um pouco pra pensar, vivemos num mundo tão alienado e com tanto egoísmo, capitalismo, consumismo... - Lennon em Give Peace a Chance ("ismo isso, ismo aquilo, ismo, ismo, ismo...) - que mal percebemos que, na maioria das vezes, presenteamos as pessoas mais queridas apenas em determinados dias do ano.
É esse conceito, entre tantos outros, que tento "diluir" um pouco da personalidade do meu filho. Faço com que ele perceba que não presenteamos as pessoas apenas naquelas datas ditas especiais, mas sim quando nos sentimos felizes.
Domingo é Dia das Mães (e ainda tem que ser em letras maiúsculas!). Perguntei a Juan quantos dias no ano ele gostaria de presentear a mãe dele. E claro, ele me disse que Érica merecia um presente a cada dia do ano... hehehe. Ele está certo! A minha mesmo merece três! :)

ps: comprei aquele Super Trunfo dos dinossauros!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A danada da virose

No último final-de-semana passamos momentos de angústia com Arthur (o amado primo) internado no Amip com a tal virose... apesar de não gostar de levar Juan em hospitais, fomos visita-lo no domingo. Era de partir o coração ve-lo chamar por "Di" até nos sonhos. E um dos comentários nesse dia era que Juan não adoecia há uns dois anos. Ah, tava bom de mais pra ser verdade...

Quando cheguei em casa ontem por volta das 17:30 encontrei Juan assistindo televisão. Ele olhou pra mim e encheu os olhos d'agua. Sentei ao lado dele e perguntei se houve algum problema no colégio...
-Filho, o que houve?
-Nada... (às lágrimas)
-Diga a pai o que houve... foi no colégio? Tá sentindo alguma dor?
-Dor-de-cabeça... foi por causa do barulho quando a tia colocou um filme pra assistir. Todo mundo começou a gritar! (choro à vera) - logo coloquei-o nos braços e percebi que o problema era outro. Ele estava com 39º de febre...
Daí pra frente foi uma verdadeira maratona. Dei uma dose de Dalsi (antitérmico) e vitamina C, mas depois de quase uma hora a febre continuava.
Eu já havia ligado para Érica, ela estava vindo do trabalho e me disse que aguardava na parada de ônibus da Universidade.
Aprontei Juan, peguei Érica como combinado e fomos direto para o Amip. Chegando lá, a cena era de caos... cerca de 15 crianças aguardando atendimento. Dois médicos e uma única enfermeira para dar conta de tudo. E pra piorar, quando deu 20h o segundo médico encerrou o expediente, deixando apenas Dra. Rejane, a plantonista da noite.
Depois de mais de uma hora aguardando, finalmente fomos atendidos.
Juan havia vomitado em casa e no caminho do hospital. E sempre que ele vomita, o esforço faz com que apareçam uma pintinhas vermelhas na bochecha e ao redor dos olhos, foi assim desde novinho. Ele tem uma hipersensibilidade nos micro-vasos faciais, mas nada de preocupante - segundo Dr. Fernando Cunha Lima.
Quando a médica percebeu as pintas, logo pediu para que um hemograma fosse providenciado, pois aquele era um indício de dengue hemorrágica. Quando ela disse isso meu coração foi no chão! E o pior de tudo é que o Amip não fazia o exame naquele horário, daí ela pediu para que a enfermeira colhesse o sangue, e nos encaminho para o laboratório do Memorial São Francisco, na Torre.
Eu tive que conversar muito para Juan poder deixar colher o sangue, mesmo assim ele ainda chorou bastante, o que fez aumentar ainda mais pintinhas do rosto...
Como combinado, deixamos o material no laboratório e fomos pra casa aguardar o resultado. Eu iria ligar depois de uma hora para o Amip, pois o resultado seria enviado via fax pelo MSF.
Juan estava com a barriga inchada, cheio de gases, e pra completar, não fazia cocô há 2 dias (fez agora, às 10:30 da sexta-feira, 25/04). Ele se queixava muito de dores abdominais, mas depois de uma dose de Luftal, as dores passaram e ele conseguiu dormir.
às 23h eu liguei para o Amip perguntando do fax, elas me responderam que ainda não havia chegado e pediram para que eu ligasse para o MSF, assim o fiz. O cara do MSF disse que o fax havia sido enviado e confirmou até o nome completo de Juan. Lá vou eu ligar novamente para o Amip... dessa vez meus créditos acabaram. Peguei o celular de Érica, liguei novamente para o Amip. A menina lá disse que não havia recebido o fax e que iria entrar em contato com o MSF. Depois de uns 15 minutos liguei novamente. Ela disse que o fax do MSF tava com defeito e que o rapaz do laboratório havia passado o resultado do exame por telefone e que a médica ainda iria olhar. Ah, aí eu fiquei puto, e disse que era um caso de urgência e que nós dependíamos disso para saber se Juan estava com dengue hemorrágica ou não. Se deveria se internado ou não!!! Não fui muito delicado com a coitada da recepcionista, mas que se dane os bons modos numa hora dessas! Rapidinho ela foi entregou o resultado a médica e me disse que ela (a médica) ligaria de volta.
Depois de uns 10 minutos a médica do Amip liga. De acordo com os exames ele não estava com dengue... ufa!
Às 23:30 fui ao MSF pegar o exame para levar no Amip, desconfiando do resultado passado por telefone, claro. A médica olhou e realmente confirmou o diagnóstico. Era a danada da virose!
Ele agora está bem melhor, mas a febre continua. A tarde retornaremos ao Amip para a médica avaliar o quadro novamente.

Terror: o vômito de Juan saiu avermelhado. Quando a médica falou em dengue hemorrágica nós quase infartávamos juntos, eu e Érica. Mas logo lembramos que Juan havia levado um suco de uva para o lanche do colégio... :)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

passei dos 35!

Ontem foi meu aniversário (Fabiano, brasileiro, 35 anos). Também foi dia de São Jorge, do qual sou devoto. Enfim, o importante é que cheguei aos 35 com saúde, graças a todos os deuses, anjos, santos e tudo o que for sagrado! Mas o que me tirou do sério foi uma mensagem enviada por Mãe que dizia: "foi o dia mais feliz da minha vida, 23 de abril de 1973. Parabéns, te amo" (só em reler, meus olhos se enchem de lágrimas)... essa foi forte! A surpresa foi grande porque eu nunca recebi uma mensagem desse tipo de Mãe. Nós (ela e os filhos) sabemos que o amor é tão grande que fica difícil expressa-lo em palavras. E quando alguém tenta fazer isso é como se tocasse direto em seu coração. É muito forte... e ontem Mãe conseguiu tocar o meu, chorei discretamente aqui no trabalho! :)
O restante do dia foi normal, algumas ligações, muitos recados no Orkut. É bom receber o carinho das pessoas, principalmente aquelas que a gente não tem mais contato direto. Os velhos amigos da Escola, da faculdade... ultimamente tenho ficado muito nostálgico, e chorão também!
Juan Diego me cumprimentou pelo Gtalk. Geralmente ele não tem acordado quando eu saio para vir ao trabalho, então ontem Érica o colocou online. Eu achei o máximo! :)
A noite fui à academia, jantamos pizza... depois brinquei um pouco com Juan e fomos dormir.
Um dia perfeito! Graças a Deus!

A novidade agora é que estou deixando o cigarro pra valer... :)

terça-feira, 22 de abril de 2008

"Maleducado"

Acho que uma falha que cometemos foi não acostumar Juan a nos chamar de "senhor" e "senhora". Hoje estamos forçando a barra para ensina-lo a usar os pronomes corretos quando se referir a pessoas mais velhas. Nem as avós escapam! É sempre "vó, tu viu aquele filme?", "mãe, tu faz sanduíche?", "pai, tu vai pra piscina?". Agora, mesmo com essa forma de se dirigir aos mais velhos, Juan nunca foi de desrespeitar. Nunca "discutiu" ou xingou algum adulto - como vejo muitas crianças fazerem hoje. No meu tempo era tapa na boca pra aprender a não chamar palavrão (como se resolvesse alguma coisa :) Mas com Juan a coisa é na base da conversa. Nunca fui de bater pra ensinar... mas se for realmente necessário, um bolo bem dado sempre traz a lembrança de fazer a coisa certa. Talvez seja essa a teoria da "psicopêia" da nossa saudosa Tia Zezé, que vez ou outra criticava o comentário dos "experts" em educação infantil - e criticava com toda a categoria de uma mãe que dedicou sua vida a educar sete filhos.
Definitivamente, um dos maiores prazeres pra mim é ver Juan se divertindo... seja numa praia, praça, na rua jogando bola ou andando de bicicleta, até mesmo na frente do computador jogando, enfim, o que eu gosto é de ver meu filho saudável e feliz. Talvez por isso é que às vezes a gente não perceba que o "cabra" está cheio de caprichos e manhas.
Pois é, ontem foi feriado. Passamos o dia na casa de Mãe, Juan e Letícia jogaram video-game, brincaram de bola, e depois de jardineiros (ficaram imundos). A noite fomos pegar Érica no Tambiá e os dois brincaram mais ainda na área de lazer. Depois da brincadeira cada um ganhou um sorvete - foi aí que começou a bronca de Juan Diego. Ele queria um sorvete de 3,50, mas só tinha dinheiro para 2 de 1,50 (um pra ele e outro pra Lê), eu não quis dar mais dinheiro justamente para que ele aprendesse a dividir o pouco que tinha. Ele disse que não queria outro sorvete se não fosse aquele "bendito" de 3,50, e quando viu que eu iria comprar o de Letícia mesmo assim, voltou atrás.
Depois do sorvete (meio emburrado), já de volta pra casa, perguntei se ele havia gostado do dia que passamos juntos e ele respondeu com um "não" seco, curto e grosso, que me deu nos nervos. Érica imediatamente perguntou se ele não estava satisfeito com tudo o que a gente tem feito. Depois eu falei que ele tinha, praticamente, tudo o que pedia e que a partir de hoje (ontem) a gente iria dar um tempo nos passeios e presentes. Que ele só iria brincar no prédio com os colegas, não iria jogar no computador durante a semana. Falei também que ele começasse a observar o quanto nós nos esforçamos para lhe dar uma boa vida (Érica trabalhando de domingo a domingo... e eu, quebrando a cabeça e estudando muito, para garantir esse novo emprego, que sinceramente considero uma bênção dos deuses).
Então é isso, as rédias encurtaram um pouco para Juan Diego, mas nada tão dramático. Vamos passar umas duas semanas conversando e mostrando a ele que nem tudo tem que ser do jeito que ele quer... mas sem bolo, por enquanto! :)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Tarefa de casa

Eu nunca me interessei muito por estudos, essa é a verdade. No ginásio (de 5ª a 8ª) eu era um dos melhores, sempre com notas a cima da média. Mas com o passar dos anos comecei a estudar apenas o que realmente me interessava, o que achava mais curioso, misterioso, talvez.
Língua portuguesa nunca foi o meu forte; em matemática nunca fui um exemplo a ser seguido. Gostava um pouco de física e química, principalmente das aulas práticas, no laboratório da ETFPB, mas na hora das provas escritas eu sempre me ferrava... se não fosse a galera eu tava perdido (sinceros agradecimentos a Lucas, Sérgio, Ladyjane, Surama, Mamede, Valcir, Fábio, Niathammer, Uirá... :). Ah, em desenho técnico e artes eu sempre me saía bem, era como eu conseguia um certo prestígio na turma. Tinha gente que brigava pra me ter nos grupos de xilogravura, pintura, artesanato... mas o que eu gostava mesmo era de estudar ocultismo, hipinotismo, paranormalidade, essas coisas. Passei alguns anos comprando livros mofados no sebo cultural da 13 de Maio, mas até hoje não encontrei o que queria. Na verdade eu nem sei se queria encontrar alguma coisa... afinal de contas era tudo curiosidade. Estudei um pouco de tudo aquilo que envolvesse sociedades secretas, magia, bruxaria, paganismo, druidismo, umbanda, vodu, sem falar em um pouco de filosofia, mitologia greco-romana, mitologia escandinava, egiptologia, astrologia, druidismo, gnosticismo, teosofia, teologia. Cheguei a praticar uns exercícios de concentração e meditação, participar de cerimônias pagãs; até que consegui alguns "desdobramentos astrais", mas isso é passado. E, com muito respeito, hoje não me intrometo mais em assuntos que não são de meu domínio. Mas português e matemática nunca foram mesmo o meu forte. Acho que se Hogwarts realmente existisse, eu não me teria formado em Processamento de Dados. :)
O interessante é que noto em Juan a mesma "dispersão" que eu tinha na hora de fazer as tarefas de casa. Até hoje eu encontro dificuldades em me concentrar para fazer algo que não me dá prazer, só por obrigação. E é isso que sinto em Juan na hora da tarefa. Algumas pessoas dizem que ele não se concentra, que é distraído e tal. Só queria que o vissem jogando Super Mário ou os Incríveis! Ele entra num estado de "superconcentração" invejável... ah, em algumas brincadeiras, do tipo modelagem, quebra-cabeças e xadrez, por exemplo, ele também mostra uma boa desenvoltura, mas só quando está realmente com vontade.
Tendo ciência dessa "dificuldade" para fazer as tarefas, passei a adotar um método diferente para que ele começasse a sentir prazer com os deveres-de-casa. Simplesmente comecei a brincar com as tarefas, fazendo piadas e ensinando métodos de contagem e memorização de forma divertida. Pronto, deu certo... antes era um estresse danado pra fazer uma tarefa ou outra, mas agora a coisa começou a melhorar. Só espero que ele não passe a fazer piada com tudo que a tia ensinar na sala de aula... se bem que ele faz piada o tempo inteiro! Não sei a quem puxou...

Foto: momento em que Juan recebe o certificado da alfabetização, em 2007. Ninguém pediu para que ele fizesse pose para a foto, mas ele não ia deixar por menos... ficou muito massa! :)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Um pai linha dura

Fomos ao Manaíra Shopping ontem, e como sempre, Juan me guiou diretamente até a Rihappy. Eita lojinha abençoada! É menino pra tudo quanto é lado, um barulho da mulexta, brinquedos espalhados pelos 4 cantos da loja - e Érica ainda reclama da Mallu Morena... se ela trabalhasse na Rihappy, ia ser tanto estresse que, provavelmente, nossa União Estável estaria com os dias contados :)
Pra falar a verdade fiquei admirado comigo mesmo. Sempre que vamos à Rihappy acabo comprando algum brinquedo pra Juan, nem que seja o mais barato, mas compro. Dessa vez, eu liso, tive que dar uma de pai linha dura, do tipo que antes de entrar chega no pé-d'ôvido do pirralho dizendo: "hoje não vamos levar nada, ou a gente vai lá só pra olhar, ou é melhor nem entrar". Depois da frase contundente, Juan responde com um triste sim, apenas balançando a cabeça (o que começa a minar meu "coração de pedra"). Entramos e começamos a andar pelas seções, logo percebo aquele olhar de quem está procurando alguma coisa, só que ainda não sabe bem o que. Pois é, é sempre assim, a cada dois passos uma parada para experimentar um brinquedo legal - e são vários! Se na minha época tivesse metade desses brinquedos de hoje, acho que teria infartado aos 6 ou 7 anos... Enfim, vimos de tudo, de dinossauros gigantes robotizados à chaveiros dos personagens da Star Wars.
Depois de alguns minutos, Juan conseguiu abalar minha moral mostrando um Super Trunfo de dinossauros - fazia tempo que eu estava procurando. "Olha pai! Achei! Tu vai levar!?", palavras que senti como verdadeiras punhaladas no meu, agora, "coração de geléia". Mas incrivelmente, não sei se por força do liseu que eu tava, levei a situação com jeito dizendo: "olha só filho, tá vendo quantos iguais a esse tem aqui? (tinha uns 10 ou mais)... semana que vem pai recebe dinheiro e a gente volta pra pegar um, certo?". É aí que entra o lado que mais admiro no meu filho; praticamente um homenzinho... e com toda a maturidade que seus, bem vividos, 7 anos lhe competem, ele me diz: "tá booom, então tu compra um picolé do Ben 10?".

terça-feira, 8 de abril de 2008

Aventureiro nato...

Aos 16 anos viajei sozinho, de ônibus, para o Rio de Janeiro. Passei 30 dias na casa de Tio Zé (irmão de Pai). Aos 17, acampei pela primeira vez, sozinho, numa praia deserta (acho que era Costinha, mas na época - 1990 - era deserta mesmo), passei 3 dias por lá. A praia era tão deserta que a maioria do tempo eu passei peladão, tomando vinho e cantando canções a Baco... heheheh, foi massa!
Em 1992 fui pela primeira vez passar o Carnaval em Lucena, um inferno! (no bom sentido, claro. Até hoje passamos o carnaval em Lucena. Com menos loucuras, é verdade. Mas tão divertidos quanto).
Ah, depois vieram várias viagens com a galera à Recife, Porto de Galinhas, Olinda - eita, passamos alguns carnavais muito bons em Olinda (eu, Érica, Coloral, Patricia, e claro, Ulisses, Jacira e Dudu.). Chegamos ao cúmulo de acampar no quintal da casa da mãe de Ulisses, Nena... muito massa! hehehe
Daí em diante, a cada férias que tirava, inventava alguma viagem, acampamento...
Em 99 fui a Portugal. Pra variar, sozinho... lá encontrei minha amiga Mag. Fiquei na casa dela alguns dias. Mas logo ganhei o mundo, cruzando o país até chegar em Santiago de Compostela, na Espanha... nas férias de 2001 viajei pela região do Brejo. Lá acampei às margens da Cachoeira do Roncador, no meio da mata fechada, também solitário (mas dessa vez movido por uma inspiração mística muito legal)... ah, lá foram muitas emoções. De piolho do mato a rosnado de onça de madrugada. Sem falar na minha barraca indo embora rio a baixo, mas foi bom, muito bom!
Érica já estava esperando Juan. E aos 4 meses de gravidez estivemos juntos na cachoeira - agora eu, ela, Coloral, Patricia e Carla. Chegando lá, bem... aí é só perguntar ao pessoal. Essa história é antológica - só pra resumir: da cachoeira que há uns 15 dias o volume de água ia levando minha barraca, só vimos um filete de água saindo das rochas... ah, mas teve onça de novo! :)
Essa foi uma das minhas últimas aventuras, afinal de contas agora sou um pai de família e tal. Tenho uma esposa super dedicada e meu filho é apenas uma criança, e eu não posso expor uma criança a determinados riscos, né? Tá, tudo bem. Pelas fotos já dá pra perver que apenas demos um tempo... jeito pra aventura o pimpolho tem de sobra, agora só falta crescer mais um pouquinho pra acompanhar os pais... em breve! heheheh

Fotos: fazendo alpinismo; cavalgando com o pai; tomando banho de açude... eita vida boa!

Pelo bem dos nossos filhos!

Abaixo um pequeno material que escrevi e divulguei para os jornais a respeito dos principais focos de dengue aqui em João Pessoa... Claro que combater esses focos é importante, mas a situação da Mata do Buraquinho também é um absurdo. Segue o texto:

Só lembramos que a dengue existe quando as chuvas começam. No Rio de Janeiro já são 64 mortes em menos de 3 meses, infelizmente a maioria crianças. Mas não tão longe, aqui mesmo em Patos, a situação começa a se agravar. Os hospitais já estão lotados e a tendência é piorar se providências não forem tomadas com urgência. No entanto, há mais de 5 anos venho tentando alertar a população e as autoridades, através de e-mails como este, direcionados aos órgãos de imprensa - que infelizmente não dão o destaque devido - quanto a duas situações cruciais, as quais, certamente, são responsáveis pelos maiores focos do Aedes Aegypti em nossa capital.

Pessoal, alguém aqui já viu as condições da piscina do antigo Clube Astréa recentemente? Acredito que não, pois segue uma foto aérea feita para se ter idéia da situação... é um absurdo que as autoridades competentes ainda não tenham tomado uma providência cabível quanto a esse problema.

Outra situação, na minha opinião, ainda mais grave, é a do depósito de ferro-velho dentro da reserva florestal da Mata do Buraquinho em Jaguaribe. Não é preciso ser um especialista para perceber as centenas, ou até milhares de “criadouros” do mosquito entre os entulhos. Sem falar na invasão da mata, que dia após dia está sendo destruída descaradamente. Segundo alguns moradores da área, existe até um desmanche de veículos roubados dentro da mata.

Há uns quinze dias levei meu filho para conhecer o tal Jardim Botânico, mas fomos barrados logo na entrada por um vigilante que me disse que seria necessário uma autorização do IBAMA para podermos entrar... paradoxal? Não, palhaçada mesmo!


Foto: piscina do antigo Clube Astrea... a foto é de 2006, mas a piscina ainda continua no mesmo estado. Na verdade, de 2006 pra cá já deve ter piorado, e muito!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Fim-de-semana legal...zinho

Ontem (domingo), antes de dormir, perguntei a ele o que tinha achado do final-de-semana. Ele disse "legal"... aquele "legal" do tipo "poderia ter sido melhor", paciência :) Mas menino é coisa séria... passamos o sábado na casa de Mãe (Vó Odaléia). À noite fomos ao Hiper (Cabedelo) e finalizamos comprando esfirras no Habibis... Juan acabou dormindo na casa da avó porque estava brincando com a turminha de Jaguaribe (Gabi, Juju, Josy e mais uma pá de pirralhos que eu não sei o nome...). Meu carro deu um problema de vazamento, mas nada sério, afinal de contas ele é "noooovo" como "Tio Nen" insiste em dizer :) Inclusive, o problema já foi resolvido (às 11h da segunda, 7).
No domingo fomos à casa de Vó Mariinha (avó de Érica). Assim que chegamos fomos logo para a piscina - apesar de o tempo estar meio nublado a água estava ótima, bem gelada! Brincamos um tempão, depois fomos pra sala de jogos do predio (chique!) jogar totó. Eu ganhei, 12x10, mas foi pau! Ainda tentamos um pouco de ping-pong, mas a bola tava parecendo mais uma pedra... não deu.
Depois do almoço assistimos Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. A grande (grande mesmo!) novidade foi a tv de 42" que Tio William comprou. Apesar de a qualidade da imagem não estar tão boa, por causa do sinal, Juan achou massa aquele "cinema"! Terminamos o dia em casa jogando Os Incríveis. Assim que terminei as páginas do Actual, liberei a máquina pra Juan e Caio jogarem. Depois eu também arrisquei uns movimentos com o Sr. Incrível, afinal de contas, ninguém é de ferro... :)
Hoje (segunda, 7) deixei Juan na casa de Mãe logo cedo porque Érica teve que trabalhar pela manhã. Adivinha o que ele fez a manhã inteira? Jogou, claro. Eita bixo secura!!! (Juan+games merece um tópico exclusivo)

Imagens: cenas de "Os Incríveis" e "Super Mário", os mais jogados por Juan, Lê, Caio, Pedro e toda a torcida do Flamengo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vó Odaléia... amor à primeira vista!

Lembro claramente do dia em que lhe disse que Érica estava grávida... foi em Costinha, num final de tarde. Estávamos sentados no quiosque - pra variar, eu tava tomando uma cerveja (hoje em dia só 'sem álcool', e olhe lá...). Ela chorou, eu chorei... enfim, foi um chororô.
No dia do nascimento, seus olhos brilhavam. Ela estava toda orgulhosa, afinal de contas era o primeiro neto. E quando Juan passou deitado sobre o Érica, logo após o parto, notamos que ele olhava diretamente para mim. Foi inexplicável, mas ele estava mesmo olhando fixamente em minha direção...
O tempo passou - mais rápido do que a gente espera, sempre - e entre choros e gargalhadas, festinhas de colégio, passeios, festas e brincadeiras, eles foram construindo o que denomino hoje de uma "interdependência psico-espiritual-afetiva bipolarizada" (putz! kkkk :). Trocando em miúdos: a relação entre Juan e Mãe é tão íntima que muitas vezes, quando estamos juntos, tenho a sensação de ser 'aquele' irmão mais velho, e não o pai. Uma cumplicidade, uma troca de olhares admirável, a ponto de um chegar a prever o que o outro quer ou fará em determinadas situações. Certamente ela o conhece mais do que eu - não vou dizer "mais do que Érica também", se não eu apanho, mas Mãe é Mãe.
Praticamente todo final-de-semana estamos em Jaguaribe. Quando não vamos Juan diz logo estar com saudades de Tutu (Arthur). Mas assim que chega lá, adivinha quem ele vai procurar primeiro? Claro, "primeiro a bênça de vó".

Hoje eu sei para quem ele dirigiu o olhar assim que veio ao mundo... a mão dela estava sobre o meu ombro naquela hora.

*Fotos: 1. Festinha de São João do GI, 2003; 2. Comendo pipoca na Bica, 2007; 3. Na casa de Mãe, 2004; 4. Com Arthur, 2006.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Que surpresa!


Fui pegar Juan no judô hoje. Ele tava crente que eu tinha vindo de moto, aí quando saiu deu de cara com nosso carro, que peguei hoje na concessionária - um Golzinho, 2005, básico... mas como disse Tio Nen (umas 300 vezes): "é nooooovo!"
Legal essa sensação de "ter conseguido" comprar um carro - depois de 15 anos de trabalho, muuuuito trabalho. Na verdade, os deuses me presentearam com muitas graças e por isso sou eternamente grato. Agradeço, principalmente, por minha saúde e de minha família. Mas meu novo emprego também foi uma grande dádiva. Fui agraciado também por uma grande superação pessoal - que não vem ao caso citar aqui.
No entanto, a maior graça mesmo é o meu filho, pois é tudo por ele e para ele...

Foto: Vó Odaléia avaliando o carro antes da compra...

segunda-feira, 31 de março de 2008

Domingo na casa de vó...

Definitivamente a grande paixão de Juan Diego é a 'Vó Odaléia", ou simplesmente, Vóóóóó - ele sempre chama arrastado assim mesmo. Aos domingos costumamos almoçar na casa dela, aí já viu, é uma babação só. Eu já ouvi alguém dizer que vó só serve para 'deseducar' e isso é verdade. Pra se ter idéia, Mãe - como eu chamo - passou mais de uma hora jogando video-game com Juan depois do almoço. Por aí dá pra imaginar... Vó Odaléia também merece um tópico exclusivo (em breve)
Bem, à tarde fomos visitar Vó Zilda e, como sempre, ela falou que Juan continua magrinho, mas pelo jeito deu pra convencer que ele 'puxou à família da mãe'.
A noite fomos pegar Érica no shopping, apriveitamos e brincamos um pouco na área de lazer. Juan sempre se diverte, mas eu nunca faço fotos porque sempre esqueço a câmera. Dessa vez deixei no carro! Mas semana que vem eu faço... prometo.

sábado, 29 de março de 2008

Parque de Exposições...

Passamos o dia inteiro pesquisando o preço de carros... Juan tava que não aguentava mais de andar pra cima e pra baixo perguntando preço, entrando, ligando e acelerando todo carro que eu e 'tio Nen' achávamos ser viável... depois de quase 5 horas pesquisando, encontramos um do jeito que a gente queria. Se tudo der certo amanhã ou depois estaremos com nosso primeiro carro na garagem! :)
Muito bem... no final da tarde fomos à "Feira de Animais", no Parque de Exposições... muito cocô de vaca, lama e aquele cheirinho típico de xixi de tudo quanto é bicho. Mas valeu à pena, nos divertimos muito, principalmente Juan e Arthur, claro... Fechamos o dia com um 'pé-d'agua' daqueles...

Fotos: Juan , Arthur e os pôneis

sexta-feira, 28 de março de 2008

"pai, vou na casa de Pedro..."

É com essa frase que o mundo de Juan vira um verdadeiro "País das Maravilhas". Quando ele vem dizendo "paaaai, vou na casa de Pedro..." ou "paaaai, vou ver se Lê tá em casa..." hehehe, trocando em miúdos: hora da bagunça!
Lê (prima, 10), Pedro (9) e Caio (6) são os principais companheiros de brincadeiras intermináveis - Futebol, Elefante Colorido, Cabra Cega, Esconde-esconde, carrinhos Hot Weels, Barra-bandeira... pode-se até achar exagero quando uso o termo "intermináveis", mas não encontro outro mais adequado :) Geralmente começam a brincar quando chegam do colégio (17:30); fazem bronca pra jantar, porque não querem parar de jeito nenhum. Mesmo assim, meio a contra-gosto, jantam às pressas e logo continuam com o corre-corre e a gritaria (coitado dos vizinhos, mas paciência...). O moído vai até umas 22h (horário limite previsto no Regimento Interno do condomínio). É aí que começa o chororô... quando nós, os pais ("os chatos", nessa hora) pedimos para encerrar o barulho com a famosa frase "vamos filho, olha a hora..." Ontem não foi diferente.
Raul Seixas compôs "Meu Amigo Pedro" (Há Dez Mil Anos Atrás, 1976 - Philips/Phonogram)... em parceria com Paulo Coelho. No caso de Juan daria pra compor "Meus Amigos Pedro". Pois é, os amigos mais presentes - além de Caio, que bate ponto na porta lá de casa das 8h às 12h e de 17h às 21h - são Pedro Henrique (Bancários) e Pedro Henrique (Jaguaribe). Essas amizades de infância são tão intensas que a gente chega a imaginar se vão permanecer assim durante toda a infância, adolescência... sei lá, de repente até a fase adulta, será? Ah, mas Juan também faz um certo 'sucesso' com as meninas, hehehe... Maria Lúcia, Ingrid, Bárbara, Maria Clara, sem falar em Lê, a fiel escudeira, prima e amiga de confiança para todas as horas. Todas fazem questão de tê-lo como amigo e também fazem parte daquele "País das Maravilhas". Se o 'sucesso' for o mesmo na adolescência, logo, logo vou ter que chama-lo para uma daquelas conversas de homem para homem (kkkkk).

Agradeço a Deus por ter cultivado minhas amizades de infância até hoje. Apesar da distância e dos atropelos da vida, ainda conservo as lembranças dos bons momentos, das aventuras, das brincadeiras. E ainda encontro alguns dos amigos que me ensinaram a chutar uma bola bem colocada (Renato), a fazer uma baliadeira de soro (o Mago), um bombo de lata (Rinaldo), a não levar desaforo pra casa (Roberto, George, Jessé, Luciano)... mas lembro também de Galeguinho, Moca, Coloral* (padrinho de Juan), Binho, Rogério, Eldi, Everaldo, Iranilson, Lúcio, Sariema, Najá... todos eles e muitos outros coadjuvantes, nem por isso menos amigos, fazem parte de minha história. E até hoje, quando o destino nos dá a felicidade de um encontro, posso notar que a chama dessa antiga e verdadeira amizade ainda continua acesa... esse é um dos ensinamentos que farei questão de passar para o meu filho: uma verdadeira amizade é o maior presente que o mundo pode nos dar.

Fotos: 1. Juan e a galera (quando digo bagunça, me refiro ao mais puro sentido da palavra); 2. Os Pedros. A esquerda o de Jaguaribe... o resto, se deduz, né? :) detalhe: o olhar de Juan para Pedro roubando um brigadeiro da mesa do aniversário. Ah, essa festa merece um tópico exclusivo; 3. Juan e Lê; 4. Maria Lúcia... olha só o sorriso do garoto!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sem sono...

Geralmente quando dá 11 horas (noite) a gente se deita. Mesmo assim, uma pessoa sempre me vem com a frase "...mas eu num tô com sono!". Pois é, Juan Diego agora tá querendo dar uma de vampiro - se deixar passa a noite acordado. Mas eu sei o porquê disso: joguinho de computador.
Ontem mesmo, comecei a mostrar a Juan uns papéis-de-parede do Super Mário - joguinho da Nintentdo que, atualmente, tá se tornando um surto de 'secura' lá em casa. Resultado: deu 11:30 e ele ainda querendo que eu mostrasse mais e mais imagens, mas já estava tarde, eu tinha que acordar cedo no outro dia. Enfim, fomos dormir por volta da meia-noite. Juan insistindo que não estava com sono, mas, como eu já conheço bem o meu gado, sabia que era só uma questão de tempo... Então quando ele deitou e se cobriu não deu 2 minutos... lona! :)

*Foto: Juan dormindo, quando ainda usava chupeta, aos 4 anos. Agora pasmem, ele está na mesma posição que a avó materna, Sônia (in memoriam), dormia. É interessante essa herança de hábitos esquisitos! :)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Dinossauros

Já que Juan não aprontou nada hoje, vou falar da paixão dele por dinossauros...
Bem, tudo começou bem cedo, acho que quando ele tinha uns 3 anos. Estávamos fazendo umas compras nesses atacadões da vida, quando eu mostrei a ele um boneco de um Tiranossauro Rex. Fiz umas mungangas pra ver se ele gostava e pronto, gostou. Tive que comprar... falando sério, eu também gostei, se ele não quisesse eu teria comprado mesmo assim. A partir desse dia, passamos a presentea-lo com tudo quanto era boneco de dinossauro (alossauros, stegossauros, parassaurolophus, pteranodons, ceratosauros, raptors, triceratops, etc), filmes, adesivos, copos, lápis, e por aí vai... quanto mais ele recebia, mais gostava. Hoje até que paramos um pouco com os 'dinos', mesmo porque agora a onda é o Ben 10, e mesmo assim ele precisa de um tempo pra destruir, digo, brincar, com o que ganhou pra a gente poder comprar mais...
Ah, mas essa paixão não se resume a simples objetos. Ele se interessa pela história desses bichos, ou melhor dizendo: acrossauros referente ao final do período Triássico. Esse interesse começou com os filmes - ele assistiu todos os Jurassic Park, e mais uns 5 ou 6 que nem eu sei o nome (lembrando que não assistimos menos de 5 vezes cada um desses). Mas o que despertou mesmo o interesse dele foi um documentário da Discovery chamado "Quando os dinossauros reinavam na Terra"... ah, esse aí ele assistiu tanto, tanto, que o Rex já tava rosnando fino. Depois consegui uns catálogos lá no JP que são uma verdadeira enciclopédia... ah, isso me fez passar algumas horas tentando traduzir os textos com um monte de termos técnicos, todos em inglês.

Tudo isso o levou a formular questionamentos profundos do tipo: "por que o Rex não luta dando saltos mortais"; "quem vence, um Rex ou 1000 leões?"; "o que tem dentro do osso?"; "o Sacissauro é um dinossauro de uma perna só?"; "como os homens das cavernas criaram a água?" entre outras pérolas...

Há uns 3 anos Juan disse que queria ser paleontólogo... a idéia persiste até hoje :)

Sem novidades

Até agora nada fugiu do normal. Juan brincou pela manhã (não jogou, milagre!). Érica tirou o dia de folga, por isso ele não foi pro computador :) Cheguei na hora do almoço e tava tudo normal. Ele tomou banho, almoçou - sempre à contra-gosto, nunca vi menino pra não querer comer! Diz sempre que não está com fome. Já dei Biotônico, Compexo B, e mais alguns fortificantes dos quais não recordo o nome agora, mas não deram em nada. Então, eu me conformei em deixar ele comer o a quantidade que quiser contanto que obedeça os horários das refeições. Na verdade Juan é de lua, tem dia que come bem no almoço, no jantar e ainda pede lanche... tem dia que nem o lanche desce. Mas se oferecer chocolate, biscoito, pipo´s ou qualquer outro tipo de 'comida sem futuro', ele aceita na hora. Acho que puxou à família de Érica, só pode...

terça-feira, 25 de março de 2008

Pobres hamsters

Juan Diego ganhou dois hamsters ano passado. Na verdade ele queria um cachorro, mas moramos num apartamento pequeno, então convenci-o de que o ideal seria termos animais pequenos - sinceramente, o ideal seria não termos animais. Bem, cheguei com os bichinhos de surpresa e foi aquele sucesso! Receberam logo os nomes de Catoco e Pitoco... criativo, né?
Hoje cheguei na hora do amoço com ração, pozinho para banho seco e grãos de celulose pra colocar na gaiolinha que, pra falar a verdade, tava parecendo mais um mini chiqueiro.
Juan e sua fiel escudeira, prima e amiga de confiança para todas as horas, Letícia, trataram logo de buscar a gaiola enquanto eu ia abrindo as sacolas. Lavamos tudo, colocamos nova ração, novo pozinho... ficou um 'brinco'. Agora era só almoçar, vestir a farda e aguardar a van para ir ao colégio. Mas, claro que não foi tão simples...

Enquanto eu preparava o almoço, Juan resolveu salvar um dos hamsters que estava com a cabeça engalhada numa fresta da gaiola - que fica presa na parede da varanda por dois pregos mais ou menos a 1m do chão. Da cozinha eu ouvi o barulho. Pronto, era só o que faltava a 15 minutos para a van chegar... quando vi a cena passei alguns segundos pra saber qual reação tomar. Era hamster pra tudo quanto é lado, grãos de celulose misturado com ração, tudo espalhado de canto a canto da varanda. O tal 'poizinho para banho seco' virou uma núvem de poeira branca que deu até mais dramaticidade à cena :) Quando olhei pra ele... o pobre estava amarelo, com os olhos 'abuticados', apreensivo com a reação que eu iria tomar. Simplesmente ele disse: "fui tirar a cabeça dele, aí caiu!", com a voz trêmulas e os olhos marejados.

Pensei em dar um bolo em cada mão (como minha vó Lourdes dizia), mas coitado, ele realmente não teve culpa. Mesmo porque a intenção foi a melhor possível. Mas mantendo a voz firme e ao mesmo tempo querendo toma-lo nos braços, segurei a vontade de rir da situação e pedi que fosse pegar uma vassoura e a pá para arrumar o estrago... ainda deixei que ele limpasse um pouco do chão, mas logo pedi para que fosse almoçar por que só faltava 5 minutos...

Pois é, acabei limpando tudo, organizei os benditos hamsters e Juan não perdeu a van...

Começando...


Juan Diego (Di - segundo vó Odaléia, ou Rú - como Lê e a galerinha costuma chamar) nasceu no dia 2 de agosto de 2000. Hoje ele tem 7 anos, 7 meses e 23 dias... estou com a sensação de estar começando esse diário meio atrasado, afinal de contas, em sete anos, sete meses e vinte e três dias aconteceram tantas coisas! De gargalhadas a choros soluçantes, de bunda-canástica na cama elástica à aterrissagens forçadas de boca no chão... passeios inesquecíveis, parques de diversões, cavalgadas, piscinas, jogos no computador (eita secura!), filmes no cinema, peças de teatro, praias, macarrão ao chop soey, dinossauros... mas também encaramos viroses, gripes, dores de garganta, febres inexplicáveis, crises de vômito, anemias, vermes... mas nada grave, graças ao bom Deus! Ah, ele não teve piolho! Com a idade dele eu tive... :)
Bem, espero que a partir de agora eu possa registrar o dia-a-dia do meu filho... e que um dia ele dê continuidade a essa idéia maluca desse pai que o ama (mais do que a mãe! Tô brincando...)

Foto: Juan e Erica - a super-mãe - no Cabo Branco em outubro de 2007. É amor de mais! :)