quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Meu Deus, temos um cachorro!

A expressão "o tiro saiu pela culatra" é perfeita quando me refiro a Deco, o mais novo amigo de Juan.
Tudo começou quando Mãe perdeu a cadelinha Kaká... na verdade ela não perdeu, a cadela foi que "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, por que tudo o que é vivo, morre".
Bem, todo mundo teve dó da cachorra... daí, depois de algumas semanas, Érica veio com a idéia de presentear minha mãe com outro cachorro. Dessa vez seria o único macho de uma ninhada de 5 filhotes da cadela da vizinha, enfim. Um cachorrinho, pequenininho, pretinho, bonitinho... todo "inho"! O danado só usa aumentativo pra o que não presta: cagão, mijão, chorão.
O fato é que no último sábado era o dia de entrega-lo a Mãe. Seria uma surpresa se Juan já não tivesse comentado há alguns dias. Chegamos na casa dela como cachorro dentro de uma mochila, para fazer a surpresa. E até que funcionou, ela adorou, achou lindinho (mais um "inho") e tudo. O problema foi quando ela disse que não tinha como ficar com ele porque não teria tempo de criar, que já tinha Duda, Arthur poderia machucar o bicho e otras cositas más.
Juan imediatamente sugeriu que levássemos para casa. Eu relutei ainda, mas diante da circustância, não havia muito a ser feito. Concordei... resultado: desde sábado que não durmo direito com o cachorro grunindo, porque não quer ficar sozinho a noite, pode?
Quanto a sujeira, isso ficou a cargo de Juan Diego! Nunca vi criatura tão disposta a limpar cocô e xixi... só quero ver daqui há um mês! :)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jogos para adultos


Em 1984, o grande desafio era ver quem seria capaz de entrar no cinema para assistir Bete Balanço e, assim, conseguir ver a Debora Bloch pelada por alguns míseros segundos. Nessa época eu só tinha 11 anos, mas acompanhava o "zum zum zum" entre os caras mais velhos (Lula, Bel, Djair, Mano, Mané, Marquinhos, Ré). E quanto mais eles falavam, mais dava vontade de ver... era uma curiosidade danada, só pra entender o porquê daquele alvoroço. Até que um dia Ricardo e o Mago conseguiram fazer um projetor com uma caixa de papelão, lentes de grau e uma lâmpada; conseguiram umas fotos do filme e fizeram uma sessão na casa de Hermaninho e Paulinho, onde além das fotos do filme a gente viu também um monte de revistas de mulher pelada!
Enfim, hoje a censura não é a mesma, mas tem mais sentido do que a dos anos 1980, porque alguns jogos como o Resident Evil e o Poderoso Chefão, definitivametne, não são adequados para crianças. E adivinha quais são os jogos que Juan e a galera mais gostam? Claro, os proibidos!
A batalha para convence-lo de que os jogos são muito violentos é quase diária, mas o problema é que o pai de um dos amiguinhos não tá nem aí e libera geral... assim fica difícil. O pior é que os jogos são muito bons, e eu mesmo jogo de vez em quando. Mas evito jogar na presença de Juan. Agora, vale à pena admirar a obediência do meu filhote que, mesmo em nossa ausência, na casa do amiguinho, não joga de jeito nenhum por que "pai não deixa". A frase de protesto é: "ô pai, não agüento mais ficar só olhando enquanto todo mundo joga Resident" (quando estão jogando na casa de Pedro). O jeito vai ser tentar convencer o pai do outro...

Imagem 1: cena do Resident Evil 4, quando o personagem principal dá um tiro de 12 num zumbi e, literalemtne, estoura o bicho. Por incrível que pareça, existem formas mais violentas de mata-los.

Imagem 2: assassinatos a sangue frio, extorsão, chantagens, subornos, roubos... essas são as lições do Poderoso Chefão (The Godfather).