terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma surpresa a cada dia...

Meu filho é uma criança dispersa... pra falar a verdade ele só se concentra mesmo naquilo que desperta seu interesse. Se estiver almoçando, fica hipnotizado com a televisão (a gente tem que desligar); se estiver fazendo a tarefa, qualquer coisa é motivo para dar uma pausa e brincar por alguns segundos - um dia desses ele criou uma batalha medieval entre uma borracha e um apontador, incrível! Durante o banho ele se transforma em bombeiro, mergulhador, super-herói, cantor de ópera. Mas o mais impressionante é como ele tem facilidade para criar universos paralelos, assim como eu. Pois é, eu tinha a mesma mania de vislumbrar situações fantásticas. Lembro-me de um berço cheio de brinquedos, onde eu ficava quando era pequeno. Lá dentro eu criava meu próprio mundo. Havia um boneco de King Kong, meu preferido, que se transformava em qualquer coisa que eu quisesse, de mostro gigante a um dono de bodega. Pois é, eu mesmo já criei uma bodega pra o King Kong, por que não? :)
Algumas vezes eu conseguia fazer com que Nen me acompanhasse e aí a coisa ficava ainda mais massa. Eram histórias que se completavam; situações em que um dependia do outro para superar obstáculos; batalhas envolventes entre índios e cowboys...
É, acho que ser "disperso" não é um privilégio só nosso. Toda criança tem o direito de criar seus próprios mundos para poder ser feliz. E agora começo a ter certeza de que Juan tá precisando de um irmãozinho (ou irmãzinha) pra compartilhar desses momentos. :)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Meu Deus, temos um cachorro!

A expressão "o tiro saiu pela culatra" é perfeita quando me refiro a Deco, o mais novo amigo de Juan.
Tudo começou quando Mãe perdeu a cadelinha Kaká... na verdade ela não perdeu, a cadela foi que "Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, por que tudo o que é vivo, morre".
Bem, todo mundo teve dó da cachorra... daí, depois de algumas semanas, Érica veio com a idéia de presentear minha mãe com outro cachorro. Dessa vez seria o único macho de uma ninhada de 5 filhotes da cadela da vizinha, enfim. Um cachorrinho, pequenininho, pretinho, bonitinho... todo "inho"! O danado só usa aumentativo pra o que não presta: cagão, mijão, chorão.
O fato é que no último sábado era o dia de entrega-lo a Mãe. Seria uma surpresa se Juan já não tivesse comentado há alguns dias. Chegamos na casa dela como cachorro dentro de uma mochila, para fazer a surpresa. E até que funcionou, ela adorou, achou lindinho (mais um "inho") e tudo. O problema foi quando ela disse que não tinha como ficar com ele porque não teria tempo de criar, que já tinha Duda, Arthur poderia machucar o bicho e otras cositas más.
Juan imediatamente sugeriu que levássemos para casa. Eu relutei ainda, mas diante da circustância, não havia muito a ser feito. Concordei... resultado: desde sábado que não durmo direito com o cachorro grunindo, porque não quer ficar sozinho a noite, pode?
Quanto a sujeira, isso ficou a cargo de Juan Diego! Nunca vi criatura tão disposta a limpar cocô e xixi... só quero ver daqui há um mês! :)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jogos para adultos


Em 1984, o grande desafio era ver quem seria capaz de entrar no cinema para assistir Bete Balanço e, assim, conseguir ver a Debora Bloch pelada por alguns míseros segundos. Nessa época eu só tinha 11 anos, mas acompanhava o "zum zum zum" entre os caras mais velhos (Lula, Bel, Djair, Mano, Mané, Marquinhos, Ré). E quanto mais eles falavam, mais dava vontade de ver... era uma curiosidade danada, só pra entender o porquê daquele alvoroço. Até que um dia Ricardo e o Mago conseguiram fazer um projetor com uma caixa de papelão, lentes de grau e uma lâmpada; conseguiram umas fotos do filme e fizeram uma sessão na casa de Hermaninho e Paulinho, onde além das fotos do filme a gente viu também um monte de revistas de mulher pelada!
Enfim, hoje a censura não é a mesma, mas tem mais sentido do que a dos anos 1980, porque alguns jogos como o Resident Evil e o Poderoso Chefão, definitivametne, não são adequados para crianças. E adivinha quais são os jogos que Juan e a galera mais gostam? Claro, os proibidos!
A batalha para convence-lo de que os jogos são muito violentos é quase diária, mas o problema é que o pai de um dos amiguinhos não tá nem aí e libera geral... assim fica difícil. O pior é que os jogos são muito bons, e eu mesmo jogo de vez em quando. Mas evito jogar na presença de Juan. Agora, vale à pena admirar a obediência do meu filhote que, mesmo em nossa ausência, na casa do amiguinho, não joga de jeito nenhum por que "pai não deixa". A frase de protesto é: "ô pai, não agüento mais ficar só olhando enquanto todo mundo joga Resident" (quando estão jogando na casa de Pedro). O jeito vai ser tentar convencer o pai do outro...

Imagem 1: cena do Resident Evil 4, quando o personagem principal dá um tiro de 12 num zumbi e, literalemtne, estoura o bicho. Por incrível que pareça, existem formas mais violentas de mata-los.

Imagem 2: assassinatos a sangue frio, extorsão, chantagens, subornos, roubos... essas são as lições do Poderoso Chefão (The Godfather).

domingo, 17 de agosto de 2008

Play Station 2

Acabei comprando um PS2 depois de 15 dias tentando destravar o Wii... espero não ter feito besteira. A idéia é jogar no PS2 até abusar e deixar o Wii pra usar quando estiver mais popular... tudo do bicho é caro. Um jogo, como o Mário Galaxy, por exemplo, custa R$ 184,00. Eu ainda não aprendi a cagar dinheiro! Thiago (namorado de Priscila) conseguiu destravar usando um Wii-chip, gastou R$ 270,00. Eu até pensei em compar, mas agora não vou gastar mais não!
Pensei até em colocar pra vender. Vou espalhar para os conhecidos, se aparecer alguém tudo bem, caso contrário, guardo pra Juan usar depois, quando tiver mais crescidinho... hehehe.

domingo, 3 de agosto de 2008

Aniversário e Wii... tudo à ver! :)

Quer deixar seu filho mais por fora do que beira de penico, é só dizer que ele vai ganhar um Playstation 2 e na hora de entregar o presente, vc simplesmente chega com um Nintendo Wii... Pois é, Juan completou 8 anos ontem. Fizemos uma festinha para os parentes mais próximos. Bolo, docinhos, salgados... mas o foco do meu filho estava no vôo da TAP, Lisboa/Natal, que chegaria por volta das 19h. É que eu havia encomendado um PS2 ao António (com acento agudo mesmo), marido da minha amiga Mag. Decidimos pedir que ele trouxesse porque sairia mais barato trazer de Portugal do que comprar um no Terceirão.
Depois da festa, nos preparamos para dormir e, discretamente, perguntei a Juan qual o video-game que ele realmente queria se a gente tivesse uma graninha a mais... a resposta foi direta e sem titubeios: um Wii.
A tarde fomos à casa de Mag visitar o recém chegado e pegar o presente. Eu já estava com o dinheiro separado, seria 400,00 para o PS2.
Convesamos um pouco e logo António aparece com uma sacola imensa. Ele entregou a Juan e pediu que ele tirasse a caixa de dentro. Pois é, era o bendito Wii... o 'mago' ficou todo desbancado, sem saber o que dizer. E com um "obrigado" em tom amarelado, agradeceu e testou alí mesmo, na sala de Mag, o que seria o começo de mais outras boas histórias... Parabéns filho!

ps: ah, se eu paguei pelo Wii? Não. No fim das contas, esse foi o pagamento por um ano de trabalho a frente da diretoria de artes do Actual Sintra. :)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Férias 2008-2

Juan entrou de férias no último dia 16... agora é só inventar o que fazer pra passar o tempo. Temos algumas viagens programadas e alguns passeios. Espero que sejam momentos inesquecíveis.

sábado, 21 de junho de 2008

São João 2008... haja pipôco!!!

O primeiro São João de folga em 5 anos! Hoje (21) vou comprar os fogos... vai começar o aperreio, só espero não me queimar de novo... (continua)
27/06/2008
Passamos o São João em Pilar, terra de Tia Paula. A família dela é bastante acolhedora e nos deixou bem à vontade.
Ainda não conhecíamos a cidade, mas depois de uma volta andando pela rua principal, seria impossível alguém se perder... é um lugar bem calmo, de gente educada. Lá, como na maioria das cidades de interior, as pessoas se conhecem pelo nome ou pelo nome da mãe ou pai. Tipo: Beto de Zita, Mané de Piá, Chico de Rita...
Levei os fogos que havia comprado, muita bomba, choveirinho, ratinho, vulcão; o suficiente pra fazer a festa. Mas o que agradou mesmo foram as comidas típicas. Quando chegamos lá os familiares de Paula estavam reunidos na cozinha da Tia Nen preparando as atrações principais da festa. Panelas e mais panelas de canjica, várias pamonhas e bolos de milho... ainda ajudamos na construção da fogueira para a festa que começaria logo à noite.
Finalmente estávamos no clima de São João: fogueira, fogos, comidas e muita gente indo até a praça para assistir a apresentação de uma banda de forró contratada pela prefeitura.
Eu, Nen e Juan ajudamos "Seu Pedro", pai de Paula, a acender a fogueira. Juan estava afoito pra começar a soltar os fogos. Era pipôco pra todo lado. Juan soltando traque, choveirinho e estrelinhas; eu e Nen soltando bombas, ratinhos e os vulcões... um São João do jeito que tem que ser! :)
Mas o melhor ainda estaria por vir...
Chegamos da festa por volta da meia-noite. Nos acomodamos para dormir; meio que no improviso de colchões no chão, mas estava confortável. Nen e Paula decidiram ficar um pouco mais na praça.
Por volta das 3 da madrugada acordo com Nen me chamando aos sussurros: "Coró, Coró... tem ladrão no quintal da casa!". Eu que já gosto de dar porrada em vagabundo, não contei história, levantei e fui ver o que era...
A vizinha, também da família de Paula estava gritando dizendo que alguém havia roubado as roupas do varal... e que havia visto um vulto passando pelo quintal - um terreno aberto que dava para um paú; quem entrasse lá só conseguia sair se fosse pela frente das casas. E era isso que estávamos esperando; se havia alguém no quintal, teria entrado por um dos becos das casas e só conseguiria sair se fosse por lá...
Eu e Nen já estávamos com uns cacetetes na mão, mas ainda receosos de irmos até o quintal. Depois de um tempo o meliante começou a jogar pedras no telhado das casas. Foi o suficiente para acordar todos, exceto Érica e Juan (pra variar).
A cada pedra, um grito da vizinha. Era menino chorando, cachorro latindo... mãe não segurava a gargalhada, também pudera, 3 hroas da madrugada e um moído desses! "Chama a polícia..." - não sei qual foi a alma abençoada que deu a idéia, só sei que depois de meia hora chegaram dois guardas num carro caindo aos pedaços, que da esquina se ouvia uma batucada mais afinada que a bateria da escola de samba Malandros do Morro.
Chegou a 'otoridade'! E num ato de valentia invejável, os dois sacaram os 38s e foram direto para o quintal... Ah, mas nem por isso as pedras cessaram. Foi aí que o elemento caprichou... era pedra pra todo lado, o suficiente pra tirar a paciência do policial, que decidiu atirar no escuro, só pra intimidar. Teco, teco, teco... P
ÁÁÁÁÁ. Depois de "bater catolé" 3 vezes seguidas, o revólver conseguiu disparar... e para completar o policial ainda disse: "eita! Né que funciona..." isso foi o suficiente pra fazer com que mãe corresse pra dentro da casa prendendo a gargalhada!
Depois de uns 3 tiros, alguém chegou dizer: "acho que acertei". Decidiram, então, pegar uma lanterna "potente" no carro pra poder clarear o fundo do quintal. Mas cadê a lanterna? Havia ficado no posto... então o cabo pede pro soldado ir pegar. Novamente a batucada da Maladros do Morro entra em cena; mãe já tava com cara de choro de tanto rir... depois de mais 30 minutos, chega o policial, agora trazendo a lanterna mais 2 companheiros como reforço, enquanto o cabo tomava um cafezinho com bolo de milho na cozinha...
Beleza, agora com a lanterna "potente" o meliante não tinha como se esconder... acenderam a lanterna e realmente a bicha clareou tudo, mas só por uns 10 segundos... é que as pilhas haviam descarregado.
A essa altura eu, mãe e Nen já não conseguíamos esconder os risos. Até os policiais já estavam sorrindo da situação.
Por fim, o elemento deixou de jogar pedras no telhado, os policiais não mataram ninguém (felizmente) e todos terminaram comendo um bolinho de milho com café, pra espantar o frio da madrugada.
No dia seguinte tomamos um banho muito massa no rio Paraíba, juntamos as tralhas e voltamos com mais uma história pra contar... Ano que vem a gente vai de novo!!!