sexta-feira, 30 de maio de 2008

Haja virose!

Pois é, se não bastasse Juan ter contraído duas vezes seguidas essa maldita virose, agora foi minha vez. Detesto admitir, mas me derrubou mesmo. Ano passado também tive, mas não foi tão intensa como essa agora. Passei dois dias em casa, mas ainda sinto tontura, enjôo e dores por todo o corpo. Só imagino a agonia que Juan passou, o bixinho... Érica tabmém pegou, mas conseguiu se recuperar logo.
O meu caso foi mais delicado porque tive princípio de bronquite, mas tomei antibiótico e já estou bem melhor. Acho que segunta retomo os treinos visando o aberto de junho. Perdi uma semana do treinamento programado, mas vamos ver no que dá...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A danada da virose II

É isso mesmo, Juan pegou a danada da virose de novo. Começou segunda-feira (19) com uma febre que durou 2 dias.
Ontem o levamos à Dra. Cristiane, e pelo fato de ter sido urgência tivemos que aguardar mais de 3 horas para conseguirmos um horário de encaixe, pense!
Eu já sabia o que a médica iria dizer... "vamos fazer um hemograma, dar muito líquido, controlar a febre com dipirona e muito repouso", dito e feito.
Hoje, logo cedo, fomos ao laboratório fazer o tal hemograma. Dessa vez foi sem estresse, Juan não chorou, nem deu xilique, fiquei orgulhoso de ve-lo tão à vontade... mas para que isso acontecesse eu tive que conversar bem direitinho com ele na noite anterior. Quando chegamos, pedi para a enfermeira usar, no lugar da agulha de seringa, uma "borboletinha" daquelas que se usa pra aplicar soro, foi tranqüilo...
Agora ele tá na casa de Mãe. A febre já não está tão intensa como ontem, e a ânsia de vômito diminuiu - ah, dessa vez ele não vomitou vermelho! Não demos suco de uva... tô indo pegar o resultado do hemograma para levar na médica. É um vai-e-vem da mulexta, mas não faço questão de ir e vir, desde que meu filhote fique curado e pronto pra outra! Mas que seja com menos febre, dores no corpo, enjôos... :)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Do mundo que herdamos ao que deixaremos

Nos idos de 76 a 79, na Praça 11 ou Praça dos Veteranos, lá em Jaguaribe, a gente (eu e Nen - meu irmão) costumava brincar com uns peixinhos que algém teria colocado em uma poça de água gerada por um vazamento de uma torneira, que mais parecia uma nascente de água mineral. Essa poça parecia um pequeno lago com margaridas e papoulas ao redor... a única restrição era a de que ninguém poderia colocar os pés na água para não sujar, mas beber podia! :)

Hoje vi um gari limpando umas folhas que estavam obstruindo a entrada de uma galeria dessas que ficam no canteiro das ruas. O que não entendi bem foi porque ele também não retirou os sacos de pipoca, copos descartáveis e mais algumas sujeiras que o pessoal ainda faz questão de jogar no chão.
Acho que esses caras (os garís) recebem uma ordem do tipo: "é pra limpar as folhas, o resto não é culpa da prefeitura!".
O que muita gente faz questão de não lembrar é que por menor que seja o resíduo dispensado nas ruas, ou em qualquer ambiente, causa danos à natureza. E que ela (a natureza) está começando a reagir... vamos raciocinar um pouco: atualmente a população mundial gira em torno de 7 bilhões de pessoas, se estipularmos que 50% desse montante não joga lixo nas ruas (o que seria uma maravilha), teríamos 3,5 bilhões de pessoas poluindo nosso planeta diariamente, sem contar com os desmatamentos, poluições industriais, os milhões de carros expelindo CO2 na atmosfera... exagero!?!? Bem se você acha exagerado, é só acompanhar os noticiários para perceber que a natureza está começando a reagir.
Todo mundo ouve falar em efeito estufa e aqueciemnto global, mas acredito que a maioria ainda não se deu o trabalho de pensar que é esse o mundo que deixaremos para nossos filhos. Nosso planeta está se tornando uma verdadeira panela-de-pressão. O calor não está se dissipando como há dez ou vinte anos.
No Chile, um vulcão "ressusitou" depois de 7 mil anos, nos pólos as geleiras estão derretendo, causando o avanço do mar (a ponta do Cabo Branco é um exemplo). Tsunamis e terremotos devastadores na Ásia (ah, até terremotos em São Paulo!); e os furacões? O Catarina no sul do Brasil, o Katrina nos Estados Unidos, milhares de desabrigados, centenas de mortos... a coisa tá ficando feia, e quanto mais a gente vê e fala sobre o assunto, mais ele se torna "normal".
Aí você pode até estar se perguntando: e o saquinho que não foi recolhido pelo gari? Bem, o acúmulo do lixo inorgânico (aquele que a natureza não consegue 'digerir' - ex.: um papelzinho de bala, um copo descartável, latinhas de bebidas, etc) pode causar desde doenças como cólera, tifo, febre amarela, dengue e leptospirose - porque acumulam água e servem de abrigo para os hospedeiros dos vírus que causam essas doenças - até desabamento de barreiras, enchentes e destruição de habitats naturais, como os mangues.
A estimativa de estudiosos é que daqui há 20 anos as grandes geleiras estarão reduzidas a menos de 50% - o aumento do volume de água dos oceanos será monstruoso; mais de 20% das espécies que habitam o planeta serão extintas; os efeitos dos raios ultra-violetas serão devastadores - cerca de 30% da humanidade será vítima de algum tipo de câncer de pele; a água potável estará escassa; a maioria das reservas florestais irá definhar e se transformarão em desertos ou savanas; alimentos do tipo carnes e vegetais serão congelados e seus preços quadruplicarão; os países de 3º mundo serão as principais vítimas de epidemias - piores que a do vírus Ebola - causadas pelo acúmulo de lixo. E o pior é que esse processo já começou há algum tempo!

"Um planeta muito mais cinza do que verde... um mar com mais lixo do que peixes... um céu com mais fumaça do que nuvens... e mais mísseis do que aves! Cidades com mais "mosntros" que humanos... Um mundo com mais ódio que amor!" (retirado do Yahoo repsostas)

Esse é o mundo que deixaremos para nossos filhos?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Momentos de tensão

Há algumas semanas Érica voltou a praticar capoeira e desde então, toda segunda, quarta e sexta eu e Juan a pegamos sempre às 21h.
Em nossa ida até o centro da cidade conversamos sobre algumas coisas cotidianas como colégio, brincadeiras e algumas travessuras da galerinha.
Ontem não foi diferente. Saimos às 21h e logo ele me pediu para contar algumas de minhas 'encrencas da minha época' - nunca havia me imaginado usando essa expressão!
Contei-lhe do dia em que eu e alguns amigos fomos fazer uma trilha, de bicicletas, no Altiplano. Ele achou incrível o fato de uns 6 ou 7 garotos sairem de bicicleta num sol de rachar e nenhum pensou em levar, se quer, uma garrafinha com água! Enfim, depois que eu contei que matamos a sede com cocos tirados da praia e cajus que econtramos no caminho, ele percebeu que em determinadas ocasiões a gente tem que usar a criatividade pra se virar...
Pegamos Érica, e já estávamos voltando pra casa quando nos aproximamos do contorno da universidade (entrada dos Bancários), e lá ouvimos o barulho de tiros (era bala mesmo, à vera). Eu reduzi a velocidade do carro e observei um movimento suspeito à frente. De repente uma pessoa sai correndo do meio do mato, e ouvimos mais uns dois tiros. A princípio cheguei a pensar que era o barulho do escape de algum carro, mas quando ouvi novamente aquele barulho abafado, tive a certeza de que algo estava errado. Mais à frente havia doi ônibus parados e duas pessoas abraçadas e ajoelhadas no chão como se estivessem brigando. Foi quando Érica disse: "ele tá armado!". Acelerei o carro, e por instantes percebi que um dos caras segurava uma arma (acho que um 38, cromado) enquanto o outro tentava segurar o braço do que estava armado, apontando a arma para o chão, para que ele não atirasse, mas mesmo assim ele ainda conseguiu dar uns 3 ou 4 disparos sempre repedinto a frase: 'solta ... Juan estava no banco do passageiro e chegou a ver a luta entre os dois homens.
Por alguns poucos segundos corremos o risco de sermos atingidos por uma 'bala perdida'. Por alguns segundos meu filho deparou-se com uma cena de violência extrema. Por alguns segundos eu pude ver o medo no olhar do meu filho como eu nunca tinha visto... é nessas horas que a gente tem certeza de que realmente somos regidos por uma força maior!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Amor incondicional

São raras as vezes que não reclamamos com Juan a respeito de tarefa de casa, pé no chão frio, toalha molhada na cama... mas uma coisa é certa: não medimos esforços para demonstrar nosso amor, com todo cuidado para não exagerar, é claro - mesmo porque menino mimado de mais não dá certo.
Érica às vezes exagera, mas tudo bem, ela é mãe-coruja, e certamente deixaria tudo só para ficar deitada, agarradinha ao pimpolho nesses dias chuvosos.
É interessante a diferença entre minha forma e a de Érica de demonstrar esse amor. Por vezes eu o pego nos braços, beijo e abraço também, mas não o chamo de "doçura" ou "meu amor", afinal de contas somos homens, machos! :)
Mas o que demonstra a sinceridade desse sentimento é como nos olhamos. O olhar realmente 'fala' em determinados momentos. Percebo isso no brilho do olhar de Érica enquanto o observa dormindo. O mesmo olhar também consigo perceber nele, quando vem abraçar e beijar a mãe, sem mais nem menos, simplesmente porque 'deu vontade', como ele mesmo diz. Por fim, percebo meu olhar marejado enquanto penso em meu filho, sem ver a hora de chegar em casa e abraça-lo, beija-lo, mas também dar bronca quando necessário, mandar calçar a sandália, fazer a tarefa de casa... porque é essa a maneira que encontrei de ensina-lo como amar incondicionalmente.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dia das Mães

O mercado é cruel quando se trata de datas comemorativas. Se a gente parar um pouco pra pensar, vivemos num mundo tão alienado e com tanto egoísmo, capitalismo, consumismo... - Lennon em Give Peace a Chance ("ismo isso, ismo aquilo, ismo, ismo, ismo...) - que mal percebemos que, na maioria das vezes, presenteamos as pessoas mais queridas apenas em determinados dias do ano.
É esse conceito, entre tantos outros, que tento "diluir" um pouco da personalidade do meu filho. Faço com que ele perceba que não presenteamos as pessoas apenas naquelas datas ditas especiais, mas sim quando nos sentimos felizes.
Domingo é Dia das Mães (e ainda tem que ser em letras maiúsculas!). Perguntei a Juan quantos dias no ano ele gostaria de presentear a mãe dele. E claro, ele me disse que Érica merecia um presente a cada dia do ano... hehehe. Ele está certo! A minha mesmo merece três! :)

ps: comprei aquele Super Trunfo dos dinossauros!